segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

« Tornar-me alguém ! »


Todas estas circunstâncias, em que a alegria me empurra para o mar da mansidão, eu torno-me forte. Todas as carícias que o vento me proporciona, com grande gosto, tornam-me sentimental. Aqueles indivíduos imaginários que tornurecem o meu coração fazem de mim uma personagem caridosa. Aquelas almas embebedadas pelo sabor da vida fazem de mim uma experiente. Todas aquelas cores do céu enroladas numa mistura de tinta me tornaram criativa. Os seres vivos que me despertaram uma paz interior tornaram de mim pura e natural. Aqueles dias que eu adormecia na eterna esperança fizeram de mim, mais confiante. Todos os terramotos de ternura que recebi daquelas pessoas venerantes tornaram de mim alguém amorosa. Todos aqueles ensinamentos sobre a manutenção do presente para poder procriar algo no futuro tornaram-me sabedora. Todas aquelas tristezas que são trituradas na máquina do tempo criam de mim alguém feliz. Todas aquelas barreiras, todos aqueles golpes e desafios que não me deixavam superar o mal e que acabei por ganhar, tornaram-me uma lutadora. Aquelas carruagens que por minha frente passaram na linha da vida, afirmaram a minha teoria : há verdadeiros e falsos. Os verdadeiros permanecem a nossa lado para tudo que der e vier e os falsos simplesmente vão montados nelas até ao mundo deles, resumindo , tornei-me aliada da amizade. Todos aqueles relâmpagos que podemos ver lá em cima, fizeram-me acreditar de que a «zanga» não é a melhor solução e que perdoar é como reconstruir uma nova história. Todos aqueles textos lidos e relidos por mim , alimentaram a minha sabedoria e a forma de ver o mundo. Os exemplos de actos de coragem, de força e de aventura por sítios muitas vezes não desejados, tornaram-me corajosa. Por todas as estradas que viajei e por todos os caminhos que pisei, fizeram-me acreditar que devo viver a vida ao máximo, porque tal como diz aquela citação " A vida são dois dias e um deles foi para acordar. " . Por entre histórias mitológicas e marítimas descobri que se segredavam de que as sereias apoderavam-se dos seus encantos para conquistar os marinheiros e dei-me à conta de que não é a beleza que nos exprime. Porém a magia interna é o que carateriza o nosso ser, e nem todos o conseguem sentir pois para o sentirem precisam do olhar. Mas eu,aprendi que o contéudo não nos trazerá o amor que a outra pessoa nos puderá dar e nos a ela. Depois de tantas supresas encontradas pelo rumo da vida, a maior supresa de sempre foi eu ter nascido e criado uma invenção , ao qual eu chamo de " vida".