quinta-feira, 15 de maio de 2014

Quantas cores o vento tem?

O vento leva o que o vento traz. É tudo um conjunto de fatores que se envolvem sem se envolverem num simples rodopiar de um rodopio quando ele passa mas que se afastam quando ele se afasta. Ele traz montes de aventuras e descobertas, montes de amores bem como desilusões, montes de vivências e montes de memórias não porque ele queira mas porque o tempo faz tarde e ele tem que ir. O vento pode-se vestir sob duas personagens: simples brisas ou tornados. As brisas passam por nós e fazem de nós as melhores pessoas do mundo. Elas tocam-nos com cuidado para que nunca nos magoemos, dão-nos a mão para garantir que nos sentimos seguros, beijam-nos para que nos sentimos amados e abraçam-nos para que possamos sentir o calor quando a nossa alma está fria. Mas elas são brisas e também se vão embora, mas deixam sempre em nós aquela felicidade de um dia nos termos cruzado com elas, deixam sempre em nós uma parte delas – porque simplesmente guardados boas memórias delas. Por sua vez, os tornados vêm para nos dar a volta à cabeça, rodopiar vezes sem conta até ficarmos tontos e sem saber para qual caminho virar: qual será o da paz ou da guerra, o do amor ou do ódio? Eles deixam grandes cicatrizes na nossa vida, fazem-nos perder o norte e sul, o este e o oeste, criam um turbilhão de emoções dentro de nós, enfraquecem-nos com a sua força. São ruins de superar, de aguentar mas eles também são passagem. São um teste ao nosso “eu”.
Nunca nada vem em vão, nunca nada dura para sempre, tudo vem e tudo vai. A lei é viver enquanto podes e enquanto tens porque quando não tiveres não poderás viver mais. E agora, quem serás tu? Um tornado, uma brisa ou uma mistura dos dois?